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Umidade – O grande vilão das obras

A umidade pode ser consequência de diversos fatores que vem desde erros de projeto e execução da obra como o desgaste natural da construção. Quando não controlada ela pode reduzir a vida útil do imóvel, pois afeta o concreto e suas armaduras, e as alvenarias, além de causar sérios danos à saúde dos usuários com o aparecimento de mofos e fungos.

Em se tratando de umidade a melhor solução é a PREVENÇÃO, realizada em fase de projeto e obra, pois as dores de cabeça geradas com reparos de problemas já estabelecidos são muito maiores, caros e pouco eficientes. No geral os custos com impermeabilização considerados em fase de projeto correspondem à 1% do valor total da obra, já os custos pós-obra giram em torno de 15%.


Fonte: Felipe Flores Soares. TCC A Importância do Projeto de Impermeabilização em Obras de Construção Civil.


Para cada caso existe um projeto de impermeabilização específico. Depende do material aplicado no sistema construtivo, se a estrutura está sujeita à movimentação ou não, se está em contato com o solo, se a pressão é positiva ou negativa, se é uma área transitável, em contato com o aquecimento solar, etc. Para tanto é importante que o projeto siga as normas da NBR 9575 e que o profissional seja registrado no IBI (Instituto Brasileiro de Impermeabilização).


Existem 4 caminhos básicos da umidade:


Umidade Ascendene: Umidade que vem do solo e é absorvida pelo concreto da fundação, subindo por capilaridade até as paredes. Esta é a umidade mais ocorrente em imóveis.



Umidade de Infiltração: É a umidade que passa de um elemento construtivo à outro por meio de trincas ou materiais absorventes. Ocorre em sacadas, esquadrias mal impermeabilizadas e encontros de diferentes materiais.



Condensação: É a umidade gerada pela água no estado de vapor que se condensa. Muito comum em saunas e banheiros, causa mofo nos forros.

Água sob Pressão: É a umidade gerada por elementos construtivos que estão sob pressão positiva ou negativa de água. Muito comum em piscinas e reservatórios.




Existem 2 sistemas de impermeabilização:


Sistemas flexíveis:

Atendem superfícies que sofrem constante retração e dilatação.

Pré-fabricados: Manta asfáltica com espessuras definidas e controladas pelo processo industrial.

Moldados no local: Seu componente também é o asfalto. Pode ser aplicado à quente (asfalto em bloco) ou a frio (emulsões e soluções)

Sistemas rígidos: Atendem a superfícies que não sofrem movimentação causada pela variação de temperatura ou acomodação das estruturas – piscinas enterradas, por exemplo. A massa usada como reboco recebe polímeros, cristalizantes ou hidrofugantes que evitam com que a água penetre nos poros do concreto.




Segue abaixo casos de ORIGEM / SOLUÇÃO / PREVENÇÃO de umidade:


1. Água que sobe pelas paredes

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Origem: Quando o terreno é muito úmido, a tendência é que a umidade acumulada no solo seja absorvida pelo alicerse da casa e brote nas paredes, formando manchas de bolor ou estufando a tinta da área próxima ao rodapé.

Solução: Remover a primeira e a segunda fiada de tijolos próxima ao baldrame, bem como toda a camada de piso próxima a parede e aplicar manta asfáltica no baldrame e faixa de 60cm do contrapiso. Aguardar secar, refazer a argamassa, fechar as paredes e instalar o piso. Existem empresas que indicam retirar toda a camada de reboco na faixa de 1,5m e aplicar impermeabilizantes, mas esta técnica é apenas palhativa, pois a umidade privinda do solo em poucos meses passa pelos tijolos e atinge as camadas acima da argamassa impermeabilizada.


Prevenção: Aplicar manta asfáltica em todo o baldrame e argamassa impermeabilizante no contrapiso (ex. Vedapren-Vedacit).

2. Chuva que entra pelas frestas


Origem: Entre o caixilho e a parede podem se formar frestas que permitem a passagem de água da chuva. A umidade se manifesta formando bolor ou estufando a tinta.

Solução e Prevenção: A junção entre o caixilho e parede deve ser calafetada com silicone, adesivos plásticos ou poliuretano. Em geral, esses produtos oferecem embalagens próprias para a aplicação, com pequenos bicos que direcionam seu fluxo. Se a parede já está descascando, é preciso raspar a tinta e repintar. Para previnir o problema, deve-se repetir a aplicação em intervalos de um ano.

3. Água que desce pelo terreno


Origem: Quando o terreno é inclinado, e a casa é construída na parte mais baixa, a água da chuva desce e fica represada na parede defronte à inclinação. A tendência é que nos meses chuvosos o bolor brote nos dois lados da parede. Mas nos meses de estiagem a área também permanece úmida.

Solução e Prevenção: Construir uma trincheira de secção 50x50cm, revestir de bidin OP30, jogar brita ao longo do percurso e correr um tubo de drenagem perfurado para que a água seja destinada para o sistema de águas pluviais ou esgoto.

4. Umidade que vem de cima


Origem: Após uma chuva ou ventos fortes as telhas podem trincar ou sair do lugar e a água pode infiltrar no forro ou laje.


Solução: Encontrar as telhas trincadas e substituir, e reposicionar as telhas que saíram do lugar. Em alguns casos as telhas se encontram comprometidas e o mais correto é trocar todas as peças. Em seguida lavar o forro e se preciso, repintar.


Prevenção: Respeitar a % de caimento necessária para cada telhado. Em alguns casos que o telhado é muito inclinado (100% de inclinação) é necessário fazer a amarração das telhas.

5. Fendas que surgem depois da reforma


Origem: Quando um vão de uma parede é fechado com outro tipo de material, diferente do existente, ocorrerão trincas devido a diferença de dilatação entre os materiais e a água das chuvas fortes passará por estas frestas, umidecendo a parede.


Solução: Refazer a parede nova utilizando o mesmo material da existente. Aplicar silicone nas frestas não resolve o problema. Seria uma solução palheativa apenas.


Prevenção: Sempre trabalhar com materiais semelhantes para não aparecerem trincas.

6. Água que foge da piscina


Origem: Quando existe alguma fresta mal impermeabilizada da piscina, a água pode migrar para outras estruturas e aparecer em pontos que podem ser inclusive distantes. Por isto deve-se ter muito cuidado com reformas posteriores, seja inclusão de luminárias embutidas, pisos de deck, entre outros, pois estas intervenções podem atingir a camada de impermeabilização.


Solução e Prevenção: Passar primer e manta asfáltica, em seguida aplicar um filme de polietileno misturado ao cimento e areia, em seguida instalar os azulejos da piscina.


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